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Nos últimos dias a carne bovina no Brasil aumentou consideravelmente seu preço, o segundo mais alto desde o Plano Real, atingindo na cidade de São Paulo, de acordo com dados do Estadão, a maior média histórica de R$16,12 o quilo. Entre o mês de outubro e o fim de novembro o preço no mercado atingiu 35,3% de aumento em São Paulo. Vários fatores influenciaram nesse disparo no preço da carne, como problemas na produção, maiores exportações para a China e também o crescimento da demanda interna.
No fator influenciador correspondente à demanda nacional de carne bovina, se instaurou por conta de que a procura dos brasileiros pela carne decaiu. Essa diminuição do consumo da carne também aconteceu por conta da crise econômica. A chamada “elasticidade da demanda” é o que determina quanto uma variação de preço interfere nas vendas de um produto, ou seja, quanto maior a elasticidade, mais o produto é influenciado pelas oscilações do mercado. Pelo fato da carne possuir alta elasticidade, isso se manifesta no aumento do preço, conduzindo a população a reduzir de maneira significativa o consumo, principalmente as classes mais baixas.
Outro fator influenciador nessa situação, desta vez externo, foi a Peste Suína Africana que ocorreu na China alguns meses atrás e dizimou inúmeras criações de porcos para abate, ”obrigando” o Brasil a aumentar substancialmente a exportação do produto, pois houve a substituição da carne de porco pela carne bovina. Nesta época da peste suína, os chineses chegaram a pagar até 15% acima do custo de mercado pela carne bovina, por isso o Brasil precisou exportar cada vez mais. Esse aumento das exportações de carne, diminuiu a quantidade de carne disponível para consumo no mercado interno enquanto a demanda se manteve estabilizada, o que gerou o aumento dos preços para os brasileiros.
A situação atual do mercado bovino no Brasil é consequência de uma soma de fatores internos e externos da economia, que tiveram início ainda no ano de 2013. Os citados acima foram somente alguns dos fatores influenciadores, também deve-se levar em consideração as secas prolongadas, a alta do dólar – que tornou o produto brasileiro ainda mais competitivo externamente. Essa crise no aumento da carne bovina, com certeza, levará as classes mais baixas a procurarem alternativas mais baratas para suprir a alimentação de proteína, como por exemplo, a procura por ovos, frango e carne de porco.
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