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Consumo em alta: frango será a carne mais consumida no Brasil em 2022

No próximo ano, a carne de frango representará cerca de 51% do consumo total de carnes no país. chegando a 10,54 milhões de toneladas, representando 51% do consumo total de carnes no país, segundo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). A previsão de crescimento no consumo se baseia nas perspectivas de melhoria da situação da economia doméstica, na retomada do trabalho e atividades escolares.  

A pesquisa Focus do Banco Central apontava em agosto desse ano uma previsão de inflação de 7,05% em 2021, 3,9% em 2022, 3,25% em 2023 e 3% em 2024. A taxa de desemprego, que segundo o IBGE deverá terminar 2021 na casa dos 14,3%, no ano de 2022 deverá chegar a aproximadamente 12,7%.

Tal crescimento no consumo de carne de frango será impulsionado por uma mudança induzida pela pandemia em direção à compra de fontes de proteína mais baratas, principalmente frango e ovos. A carne bovina continua sendo a fonte de proteína preferida para a maioria dos brasileiros, mas por hora, seu custo está bem alto, fazendo com que cada vez mais fique fora do alcance da população de média e baixa renda.       

Outro dado importante foi que em junho desse ano, os consumidores viram os preços de varejo do frango aumentar em média 19,77% para o frango inteiro e 18,46% para os cortes de frango. O retorno das aulas presenciais nas escolas do país também deve impulsionar o consumo da carne de frango nos próximos meses, já que a proteína é amplamente utilizada na alimentação escolar em todo o país. Segundo o USDA, o Brasil deverá fechar 2021 com um consumo de 10,29 milhões de toneladas, 3% superior a 2020.         

Final desse ano e até o ano seguinte, os preços da carne de frango deverão permanecer elevados. De janeiro a meados de agosto de 2021, o preço médio do frango resfriado foi de R$ 7,37 (US $ 1,38) o quilo e recorde de R$ 8,37 (US $ 1,56) o quilo, em meados de agosto. Para podermos comparar os valores, em 2020, o preço recorde havia sido de R $ 6,51 (US $ 1,26).

Tal aumento significativo nos preços do frango resfriado e congelado é resultado direto do aumento das demandas global e doméstica, da menor oferta e de um notável aumento no custo da ração animal. Consequentemente, os custos de produção mais altos e dos preços ao consumidor também altos, os produtores começaram a controlar a quantidade de oferta no mercado interno, refletindo assim, num reforço também os preços internos.

Segundo o USDA, o Brasil fechará 2021 com 4,05 milhões de toneladas em exportações de frango para o mundo, enviando mais de 28% de toda a sua produção. Vale destacar que as estimativas do USDA não incluem patas de frango, diferentemente das estatísticas oficiais brasileiras, já que não existe um Código HS designado para patas de frango no Brasil.

De janeiro a julho desse ano, o Brasil exportou cerca de 2,5 milhões de toneladas de carne de frango (incluindo as patas de frangos) para o mundo, um aumento de cerca de 7% em relação ao mesmo período de 2020. Neste ano e no próximo, os produtores avícola brasileiros continuarão se beneficiando da forte demanda global, que tem sido impulsionada pela disseminação da Gripe Aviária em partes do mundo.

As exportações de carne de frango continuarão com vantagens também do real desvalorizado. Este que perdeu um terço de seu valor com o início da pandemia e até hoje está na luta para recuperar seu espaço novamente. A expectativa do Banco Central do Brasil (BCB) é que a taxa de câmbio permaneça em, ou acima, 5 reais (R$) por dólar americano em 2021 e 2022.          

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